Tenho conversado com muitas empresas que não conhecem os custos totais de seus técnicos. Neste post, darei algumas orientações para calculá-los e, ao final, uma planilha para você fazer o cálculo.
1- Quanto custa um empregado
Todos sabemos que um empregado não custa apenas o seu salário. Aliás, parte dele já é descontada em folha (9%) pelo INSS. Além do salário, você precisa adicionar uma série de custos, tais como FGTS (8%), INSS (20%), RAT, ou Risco Ambiental de Trabalho (2,91%), e outras entidades (5,8%).
Adicione, então os benefícios que sua empresa paga, tais como refeição, transporte e planos de saúde e odontológico. Por fim, não se esqueça de adicionar os provisionamentos para férias (11,1%) e 13o. salário (8,3%).
Procure provisionar um valor para os casos de demissão e inclua-o no cálculo mensal. Minimamente, você deverá adicionar os custos de aviso prévio, que se eleva à medida em que o profissional passa mais anos na empresa. Procure encontrar um tempo médio de permanência na sua empresa para poder encontrar um valor mensal.
2- Veículos, ferramentas e materiais
O técnico consome recursos da empresa, como veículo, ferramentas, EPIs e uniformes. Tudo isso também deve entrar no custo, que entrará no cálculo de uma ordem de serviço.
Para esse cálculo, conheça os custos desses recursos e seu desgaste, incluindo as perdas e quebras. Por exemplo, podemos considerar a vida útil de um carro em 5 anos, de uma ferramenta em 2 a 3 anos e de um uniforme de 6 meses a um ano.
3- Outros custos diretos e indiretos
Para se ter um funcionário, é preciso de estrutura para gestão de equipes, de benefícios, contabilidade, assessoria jurídica, controles de horas extras, folha de pagamento etc. Esses custos são bastante difíceis de se individualizar. Mas é possível, sim, estimar aproximadamente e apropriar a cada funcionário o custo de ele carrega das estruturas de controle de sua empresa.
Somando-se o salário do profissional aos benefícios, impostos, recursos consumidos aos outros custos, chegamos, normalmente a um custo entre 2,5 a 3,5 vezes o salário nominal. Mas o valor deve ser calculado caso a caso.
O custo de uma Ordem de Serviço
Agora, dividimos o custo desse profissional pelo número de serviços executados. Simples, não? Bem, pode não ser tão fácil.
Primeiro, é preciso entender que tipos de OS que sua empresa faz. Uma manutenção de 30 minutos não pode ter o mesmo peso de uma instalação de 4 dias. Esse é um grande desafio para as empresas: padronizar o que é uma OS.
É preciso uma categorização de serviços. Cada empresa deve adotar a sua. Em seguida, a empresa pode atribuir uma unidade de peso. Em nosso exemplo, uma manutenção de 30 minutos pode ter peso 1, enquanto uma instalação de 4 dias ter peso 40.
Assim, padronizando-se, chegamos a um número coerente para o número de OS. Dividimos o custo do profissional (ou da área) pelo número de OS e chegamos ao custo médio de OS.
Mas atenção! Verifique se todas as OS em seu cálculo geram valor. Muitas vezes, o setor operacional conta OS de retorno (por serviços mal executados) ou cria OS sem um objetivo claro, apenas para manter ocupada a força de trabalho quando não há demanda.
Outros pontos para se levar em conta
As empresas que trabalham com equipes de campo próprias dimensionam sua força de trabalho para uma demanda projetada. O problema disso é que a demanda nunca é igual à projetada. E pior, todos os desvios ocasionam mais custos. Quando a demanda é menor que a projetada, há ociosidade. Quando é maior, há custos excedentes com horas extras, perda de negócios e multas.
Outro ponto são as frequentes ações judiciais que temos no Brasil. Algumas podem gerar um prejuízo de dezenas ou centenas de milhares de reais. Podem até acabar com o seu negócio! Embora difícil fazer um cálculo, é importante tentar atribuir um custo a elas.
É possível melhorar esse cenário?
Claro! Essa é a razão de ser da Tranpo. Através de um modelo totalmente novo de contratação, baseado em tecnologia e incentivos corretos, conseguimos oferecer custos mais baixos, ao mesmo tempo em que aumentamos a remuneração do profissional. Além disso, sua empresa ganha em flexibilidade, que deixa de pagar por ociosidade ou perder negócios em surtos de demanda.
Uma mãozinha pra você
Disponibilizamos aqui uma planilha simplificada onde você pode fazer o cálculo de custo de suas ordens de serviço executadas por empregados de sua equipe.