Se você já pegou um Uber, você já faz parte da chamada "Economia Sob Demanda". Por trás desse ato, que pode parecer simples, está uma tendência, cujos impactos estão apenas começando... e serão profundos.
Temos Uber para todos os gostos. Vazou a torneira, abre o aplicativo; está com fome, abre o aplicativo; a geladeira está vazia, abre o aplicativo; acabou o gás, a casa está suja, quebrou o computador, precisa vender o carro e pegar um helicóptero, você já sabe...
Depois de as redes sociais nos terem dado acesso direto e instantâneo às pessoas e a saber tudo o que acontece com eles (ou o que querem que saibamos), chegou a vez de realizarmos coisas, também de forma instantânea. E parece que as pessoas estão gostando. 48% dos americanos (total da população) já usaram algum serviço sob demanda. Desses, a grande maioria aprovou o que contratou e pretende contratar mais vezes e novos serviços. Um recente estudo da Accenture indica que a economia sob demanda será o principal motor de crescimento americano até 2022 anos. Para ilustrar, a Uber (ela, de novo) é, na história, a empresa que mais cresceu em 5 anos de atividade, atingindo uma valorização superior a US$50B.
Do outro lado do app está o supply side, ou as pessoas que prestam os serviços. Motoristas que o levam do ponto A ao ponto B, compradores fazem suas compras de supermercado, motoboys que trazem sua comida ou sua encomenda, encanadores que salvam sua casa de um desastre ou, no caso da Tranpo, técnicos que instalam e prestam manutenção nos clientes de sua empresa. O que há de especial é que esses profissionais atendem por job e são remunerados especificamente pelo trabalho que executam. Daí, outro nome para nossa Economia Sob Demanda: Gig Economy, ou, numa tradução livre, a Economia de Trampos. Os trabalhadores da Gig Economy têm algumas características:
1- Não têm um vínculo de trabalho;
2- Ganham por produção, sem nenhum valor fixo;
3- Não recebem ordens, apenas oportunidades, como convites;
4- Fazem seu horário;
5- São avaliados a cada serviço pelos usuários dos aplicativos;
6- Podem atender em vários marketplaces (que é o nome dado a empresas que conectam clientes e fornecedores)
Mais do que isso, segundo pesquisa da Intuit, 70% das pessoas que trabalham sob demanda estão satisfeitos com seu trabalho e 81% pretendem trabalhar com o mesmo provedor. Apenas 11% dizem que trabalham on-demand por falta de trabalho fixo.
Os impactos da Economia Sob Demanda vai além do consumo de bens e serviços. As empresas também podem se beneficiar desse modelo, tornando-se mais eficientes, ao moldar sua força de trabalho às demandas imediatas, evitando desperdício e ociosidade. Por exemplo, a EasyQasa fornece serviços de limpeza e a EUNerd dá acesso a todo o tipo de serviço de suporte a sua rede de computadores. Nos Estados Unidos, a Wonolo dá acesso a mão-de-obra não qualificada para certos bicos e a UpWork é um grande marketplace de desenvolvedores, escritores, designers e outros profissionais freelance.
Não posso deixar de falar, é claro, da Tranpo, que está revolucionando os serviços de campo, permitindo que empresas contratem técnicos para realizarem instalações e manutenções em seus clientes, garantindo muito mais eficiência na operação.
Seja profissional, um executivo ou empresário, você não pode ficar alheio aos impactos que a Economia Sob Demanda. É importante entender onde estão os riscos e oportunidades, para começar a pensar em uma estratégia.